Psicoterapia

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As atividades do segundo dia do XXV Encontro da Sociedade Brasileira de Canonistas tiveram seu início com a Concelebração Eucarística e as Laudes.

            Seguindo o programa, o encontro ofereceu uma conferência do Padre Dr. José Nacif, formador diocesano de leigos em São João del Rei, sobre as orientações e a utilização das competências psicológicas na admissão e na formação dos candidatos ao Sacerdócio.

            Em sua apresentação, O Pe. Nacif, com 21 anos de experiência em psicoterapia, apontou a impossibilidade de se formar um candidato ao sacerdócio sem buscar para este uma sólida formação religiosa e afetiva, o que implica num acompanhamento psicológico que tenha por objetivo detectar eventuais psicopatias durante o período de formação.

            O conferencista explicou que boa parte dos problemas psicológicos que acometem os jovens dos dias de hoje, inclusive os candidatos ao sacerdócio, estão relacionados com os modelos de famílias desestruturadas que são apresentados pela mídia. Esses padrões influenciam a sociedade de modo patente, criando novos tipos de estrutura familiar, muitas delas sem a figura do pai, e desta forma a criança se desenvolve em um ambiente sem um arquétipo masculino de personalidade, o que pode, sem dúvida, gerar problemas cujas conseqüências somente só aparecem na idade adulta; nos casos dos sacerdotes, muitas vezes já depois da ordenação.            Também se tratou sobre o moderno problema da “infância permanente”, que torna as pessoas incapazes de assumir responsabilidades.

            Foram apresentados os últimos documentos da Igreja que oferecem as soluções para os  dificuldade expostas, que devem ser aplicadas no período de formação, entre os quais, o auxílio de um psicólogo nos seminários, além de diretores espirituais e confessores, buscando ordenar, por meio de um processo de amadurecimento, as capacidades afetividades dos candidatos.

            A segunda conferência do dia foi apresentada pelo Pe. Doutor Tiago Wenceslau Barros, que é juiz instrutor para matérias reservadas à Sé Apostólica em algumas dioceses do Brasil. Tratando sobre a faculdade especial conferida recentemente pelo Santo Padre aos Bispos na demissão do estado clerical “in poenam”, o Pe. Tiago iniciou sua conferência ressaltando a obrigação de que os católicos se compenetrem da seriedade da disciplina penal canônica para tutelar o ordem na Igreja, pois “a impunidade é a mãe da delinqüência”. A reunião foi seguida de um caloroso debate, que contou com a participação do Dr. Hugo Cysneiros, advogado da CNBB que tratou, entre outros assuntos, sobre as implicações civis para a Igreja, de delitos cometidos por ministros ordenados no exercício do ministério.

             O dia terminou com a partilha da Tese de Doutoramento do Padre Doutor Caetano Rizzi, Vigário Judicial da Diocese de Santos e Juiz de Segunda Instância do Tribunal Eclesiástico de São Paulo, sobre a “Visita Ad Limina Apostolorum”, sinal vivo de comunhão, participação e co-responsabilidade na Igreja Universal sob o pontificado de Bento XVI, a partir da encíclica “Deus Caritas Est”. O sacerdote apresentou as origens bíblicas das visitas ad limina, e observou o quanto são sinal de unidade na Igreja e acentuam o  Magistério Petrino.

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